Friday, August 26, 2011

MINHA VIDA - VENDAVAL DO TEMPO


VENDAVAL DO TEMPO - 


17/10/2010

Aqui neste recanto,

Na sala de espera de um hospital

Estou perdida entre gente,

 De vários lugares desesperados

Com o mesmo sentido de estar.

Venham perfumar de rosas este espaço,

Que me sufoca e tanto me faz lembrar.

Por aqui passei horas sem poder me queixar,

Sem saber onde estar, nem como aqui vim parar.

Dá-se um murro no estômago,

Quando recordo o medo e o horror,

 Pelo que tive que passar.

Aqui se cruzam vidas e sentimentos,

Em que os sentimentos não mentem.

Por tudo o que já passei,

E tudo o que já encontrei,

Ainda aquilo que não quero passar!

Tudo me leva a questionar?

De que a vida é frágil,

No seu encanto mesmo,

Que num pranto se grite por piedade.

Lugar-comum onde tudo se perde e desaparece.

Somos todos iguais, perante o sofrimento.

Ausência de vaidade,

Fica á porta como morta,

Todos se revêem na sua própria essência,

Simples mortais como os demais,

Todos pedem clemência a um deus ausente.

Prometem-se promessas,

Com orações de arremesso,

Como que tudo seja válido,

 Na hora do desespero.

Mas nesta hora está ausente,

No seu reino presente,

começa a todos julgar!

Desesperos fulminantes,

Levam quem nunca antes,

Se lembrou que deus existe.

È o memento da dor, que passa,

Entre gentes simples mortais,

Sem se perceberem que os demais,

Ás suas mãos já sofreram.

Instala-se a anarquia,

Nestas mentes descontentes

Leva-as para longe o vento.

Ausenta-se a alegria.

Joaquina

17/10/2010


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