Friday, August 26, 2011

MINHA VIDA - REFLEÇÃO SOBRE NÓS



Não entres tão devagar, está aberta a porta
Já te senti lá atrás, por entre outras apostas
No tempo que passou e naquele que há-de vir
Li tudo nas entre linhas, mesmo o que esconde de mim
Á deriva um tempo, analiso meus sentimentos
Agora veio a derrocada final que não esperava de ti
O tempo não se compadece destas brincadeiras infantis
A vida não se condoeu de ti nem de mim
Diante de mim vejo, o que alimentou teu pensamento
Tanta frustração sentida dentro de um pequeno coração
Como podes viver assim, sentindo tua vida em vão
O que te leva afinal a suportar tanta frustração
Se ao meu lado não sabes sonhar nem encontrar razão
Satisfação para tua dor de amor frustrado
Consegues acomodar-te a uma vida alugada
Enganas teu corpo, andando contrariado
Que triste sina a tua, tens teus sonhos por realizar
Tua história, está escrita no tempo e dentro do teu passado
Eu a teu lado esperei, anos pela tua maturidade
Tu sempre a contestar, o que não tiveste, ou sonhas-te
Que grande frustração para mim, que vives a meu lado
Sempre achei desde sempre, que era tua namorada
Deite meu corpo vazio, minha juventude intacta,
Isso não te chegou, vivias outros amores, com patacas
Em ti depositei meus dias, companheiro
De repente para mim, já não me pareces inteiro
Deixas-te algures tua alegria, que não sabes encontrar
Na minha cama te deitas, e nada te pode reconfortar
Eu ainda intacta, sem amores pelo meio
Ainda consigo ter-te junto do meu seio
Nas minhas coxas te abrigo, para compensar teu sofrimento
Mas não á amor que resista a tamanha turbulência
Se isto continuar assim vais ver tua demência
Tão sofrido e mal amado te sentes, neste barco que te afunda
De noite não consegues, calar tua frustração, teu mundo
Viajas á procura de aventura, para aquietar tua dor, profunda
Sempre sem te dares conta, que na tua vida já tens o amor
Um amor velho e sábio, que tenta em tudo te compreender
Que já não há tempo, para os dois para vivermos, novas experiências
Meu espírito já acalmou, como acalmou meu corpo
Assim como o bêbado se calma, frente ao seu copo
No universo está a resposta, a tudo isto que sentes
Não é bom para mim viver, ao lado de alguém que a si mente
Parece tudo se desmoronar, dentro da tua mente
Ergui já meu altar, com degraus para subir
Onde tu não possas entrar, nem eu possa ruir.
Grande mágoa que criaste, dentro da nossa relação
Não sei se não sabes fazer melhor, ou se é apenas traição
De fantasias já não vivo e só quero, um dia recordar-te
Como um centro, em minha vida e o fosso que deixaste.
Agosto 2010





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