Saturday, March 26, 2011

MINHA FILOSOFIA E O MEIO


O HOMEM E O MEIO

Sempre gostei de filosofia. Depois de ter lido muitos bons autores, Sócrates, Platão, Aristóteles, Nietzsche, kafa, sobre sua filosofia, cheguei á minha própria filosofia.
Ela não é copiada, nem é inventada por ninguém é tão-somente a conclusão a que cheguei sobre as classes sociais, sua ascensão e os meios que as servem.
A sociedade é composta por três bases. Todas elas, estão interligadas.
1ª, Classe social alta, 2ª Classe media, 3ª Classe baixa

Classe alta – Pessoas ricas, que vivem sem problemas financeiros. Todos com cursos ligado á gestão. Por norma nascem já com direitos adquiridos. Sua riqueza vem de heranças de família, negócios, negociatas.
Esta classe social entra no mercado de trabalho já como gestores de empresas, com tudo a que o se estatuto lhes dá direito. Salvo raras excepções, claro!!
- Gabinete adequado á sua posição.
Mobiliário de estilo, com Mesas, cadeiras, sofás, quadros, tudo de designer.
- Vivem e movimentam-se dentro da mesma classe.
Sua riqueza, dá-lhe acesso a belas mulheres, muitas delas sem instrução, que lhes passam pelas camas dos hotéis e clubes de luxo. Mesmo que muitos deles sejam impotentes, faz bem ao ego, serem vistos ao lado duma beldade jovem, com idade para serem filhas, ou até mesmo netas. Mesmo tendo a noção, de que estão a ser utilizados, pelas suas influências e riqueza.
Quando essas jovens se convencem, que só chegam á sua riqueza pelo casamento, então lá estão elas, com toda a sua sedução, até os conseguirem levar ao altar. Enquanto não conseguem o que querem, vão-se divertindo com o dinheiro deles. Divertem-se com amantes jovens, a quem pagam todas as mordomias, com o dinheiro do velho engatado. Quando elas já conseguiram o que querem, dão-lhes um pontapé no rabo, enviam-nos de volta para as esposas.
Elas as “pequenas” vão então desfrutar a vida, com jovens mais novos que passam a fazer o mesmo papel que elas já desempenharam.
Existem também mulheres jovens inteligentes que se aproveitam para subirem na carreira, afinal só querem endireitar a vida através do ego desses homens bem sucedidos nos negócios mas frustrados como pessoas. Esses nunca se apercebem que sem dinheiro nada valem, levam uma vida triste sem criar raízes nem com a família nem com as outras, porque a família quando descobre seus amores e desfalques secretos, põem-no fora do clã, as outras já conseguiram o que queriam deles, tratam-no por velho, outras por respeito por avozinho, tem que ir á sua vida… Muitos deles acabam por suicidar ou passar a pasta a um descendente seu tão ambicioso como ele e o círculo irá continuar…
Perante a lei sentem-se impunes e utilizam o provérbio bem português. “Públicas virtudes, vícios privados” Muitos deles, com filhos jovens, sem referencias para lhes dar. São pais ausentes, sempre ocupados com reuniões e negociatas, nada tem que justificar desde que o dinheiro jorre na família para satisfazer todos os seus vícios. Para suas mulheres e filhas serão, as viagens, roupa, jóias, amantes que sustentam. Para os homens, será a droga, o álcool, viagens, aventuras radicais, mulheres bonitas e toda a gama de vícios que o dinheiro trás.
- Pertencem todos ao mesmo clube. Todos medem sua riqueza pelo cumprimento dos seus barcos.
- No ambiente laboral todos têm os mesmos direitos
- Secretária, jovem culta, atraente, liberal
- Fatos Armani, Hugo Boss, sapatos e gravata italiana.
- Carro topo de gama
- Cartões de crédito sem plafond definido.
- Despesas todas pagas, quando em serviço. Incluindo almoços com amantes secretas.     
  Mesmo com a própria família, conforme a conveniência do negócio que esteja em cima da 
  Mesa.
- Subsídios para tudo, até para aquilo a que não têm direito.
- Acumulam riqueza, status e só se movimentam no seu meio.
- Tem como hobby frequentar clubes nocturnos privados, alegando estar em reuniões.
- Casam com pessoas do mesmo nível, por interesse, com contratos nupciais. Nunca se separam. Tentam nunca decepcionar a família, mantendo assim um casamento de fachada, que não convence ninguém, mas conseguem manter os interesses financeiros fora do casamento.
Conclusão: criam a sua riqueza, através da classe social média, que tiraram seus cursos com mérito próprio e passam a produzir riqueza para a classe alta. Isto dentro do mercado de trabalho.
Depois existe o aspecto privado. Vivem em luxuosas mansões que para as manterem, recorrem então á classe mais baixa.
Começando pelo motorista, que por norma tem os estudos obrigatórios não mais. São pessoas fiéis, discretas, que entram no mundo dos segredos dos seus patrões e tudo fazem para satisfazerem seus caprichos até os mais secretos.
Vem a seguir a cozinheira, pode ser branca ou negra, desde que saiba cozinhar e o ordenado não ultrapasse o ordenado mínimo. Neste caso já não interessam as habilitações, desde que a pessoas satisfaça os requisitos, que é saber satisfazer o paladar apurado da raça da classe a que servem. Mesmo que sejam racistas, isso pouco importa desde que a pessoa ande limpa e use uniforme, para dar mais classe ao ambiente. Basta que não lhes dirijam a palavra, para isso tem uma governanta, que por norma é branca e já tem como requisito, ser educada, ter alguma formação na área, e alguma instrução. Tudo passa pela governanta. É ela que dá, as instruções para os demais. Tudo  passa através dela. Ela na ausência dos patrões pode ter tanto poder dentro da mansão que pode despedir ou contratar alguém sem dar conhecimento aos patrões, eles delegam nela, esses aborrecimentos com os quais não tem que se preocupar.
Vem a seguir as amas dos filhos. Enquanto os progenitores trabalham, entregam seus bens mais preciosos, muita vez, a pessoas que os maltratam, outras vezes a pessoas que não sabem falar a nossa língua, outras vezes a pessoas que vem de famílias desfeitas, sem qualquer aptidão, para tratarem de seres em crescimento, que deveriam ter pessoas afectivas, cultas, com carácter, para lhes poderem transmitir, valores que os pais delegaram nelas.
Existe no entanto outro extremo, em que são depositados desde muito jovens em colégios internos, bem pagos, com a desculpa de que é para o bem deles. Assim se vêem livres dos fedelhos, ficando livres da responsabilidade da sua paternidade. Não criando laços efectivos, com os filhos fazem deles criaturas racionais, sem emoções, que muita vez os leva ao suicídio, á droga e a outros vícios. A seguir, entram noutra etapa, esses jovens que poderiam ser seres completos se criassem empatia para com os seus semelhantes. Gastam rios de dinheiro em terapias.
Por fim vem uma camada de gente que os serve com submissão, obedecem-lhe, mas não os respeitam:
Empregadas de limpeza
Empregadas de mesa
Porteiro
Capataz da quinta onde fazem as suas colheitas de vinho privadas
Operários assalariados, que trabalham a terra.
No fundo alimentam-se da riqueza produzida pelas classes mais baixas. São pessoas que não sabem os nomes dos seus trabalhadores o que lhes interessa é que tudo funcione e os resultados cheguem às suas fortunas para alimentarem seus egos.
Assim sendo. Rodeiam-se das classes abaixo da sua e são obrigados a conviver com elas dentro de casa, que lhes põe a comida feita com mãos que noutras circunstâncias teriam nojo delas e não lhes dariam num aperto de mão. Outro aspecto para mim bastante interessante, são as empregadas de limpeza que tratam das suas roupas, para seu brilho pessoal, também são elas que fazem suas camas e detectam nos seus lençóis seus fluidos corporais.
Tudo o que tem de mais íntimo no corpo humano é assim exposto a classes que eles não querem pertencer, a não ser em algum caso especial que haja um deles que derive e tome o exemplo de santo agostinho, que deixou uma vida confortável na casa materna para seguir a vida dos pobres e poder saber, como se vive noutras esferas. Mas casos destes, se existem andam ocultos, nunca ouvi falar.

Vamos agora para a classe média
Normalmente são filhos de médicos, advogados, arquitectos, juízes, professores, comerciantes, políticos, autarcas, dirigentes futebolistas,
Estes, normalmente incentivados pelo país, têm que ter uma ocupação, se possível que possam vir a ter uma vida melhor que os pais e não importa como. A família deverá orgulhar-se dos seus filhos, os pais querem sempre para os filhos uma vida melhor que a deles. Assim abraçam profissões iguais á dos pais. Tornam-se muitas vezes profissionais, por vontade dos pais e não por vocação. Noutros casos procuram cursos que lhes dê acesso á fama e fortuna rápida, salvo um ou outro, que indo contra a vontade familiar, muitas vezes são expulsos por terem a ousadia de confrontar o poder instituído. Esses lutam pelo seu lugar ao sol e acabam por ser pessoas ambiciosas. Trabalham para as classes altas, vão subindo, e aos poucos até sobem de classe social e esquecem a sua própria classe, as dos seus progenitores.
Embora esta classe média, seja já educada e acompanhada, um pouco mais por os pais e restante família. Frequentam bons colégios, e ficam preparados, quer culturalmente, quer profissionalmente para a vida…
Mas também estes não conseguem fugir da base das classes. Movimentam-se entre as duas classes. A alta que lhes dá trabalho e prestigio, a baixa que os matem e sustenta.
Em casa os que podem, funcionam como os da classe alta expõe os seus segredos familiares a pessoas estranhas que lhe tomam conta da casa da vida e dos segredos. Só que não precisão de um séquito tão grande para viverem bem. Eles próprios conduzem seus carros. A empregada de limpeza, só vai uma a duas vezes por semana, as cozinheiras dispensam-na.
Eles fazem muita vez sua própria comida e outras vezes vão comprar feita. Como vem de famílias mais estruturadas tem outros valores familiares e conseguem mover-se bem entre as duas classes.
A classe média está sempre ligada ao poder político, e tiram o melhor partido dela e podem até ascenderem a nível partidário. Tudo o que fazem é segredo até que um dia alguém surge do nada com demonstrações exteriores de riqueza que os ofusca e podem de repente descer tanto, que se podem até inserir na classe baixa.
Vamos lá, agora á classe baixa
Esta é a base que suporta tudo.
O suporte do qual todos precisam. È o pilar da economia e dela depende os governos e as nações do mundo.
Não existiriam sociedades na conjectura que actualmente conhecemos sem a classe mais baixa conhecida como (POVO). È esta classe que trabalha na industria, nos serviços, e na agricultura, que sustenta toda a humanidade. Sem esses trabalhadores as outras classes morreriam de fome. Mas como entender então, que ela seja tão desprotegida e maltratada. O que falta aqui neste conjunto de observações? A educação! A base fundamental de um povo, que deseja erguer-se, tornar-se numa nação poderosa, onde não haja tanta diferença social.
Está provado que qualquer país, onde exista uma boa educação, tem membros na sua sociedade, mais pacíficos e tolerante, por esse meio, existe menos violência. O mundo está cheio de exemplos. Existe então aqui uma lacuna, nesta sociedade perdida no meio de classes. Faltam então pessoas, altruístas que ponham seus interesses pessoais de lado e se dediquem a dar sentido á sua vida, ensinando. Mas para isso, tem que se começar nas escolas, onde os alunos já chegam de famílias desfeitas, violentas e com todos os exemplos para o vandalismo. Qual a solução? Reinventar uma nova sociedade? Alterar formas de pensar, e costumes milenares, que condenam uns e elevam outros, á posição de deuses, em que tudo lhes é permitido, mas que de santos não tem nada!
Meu raciocínio lógico, leva-me a pensar que o ser humano, ou quem criou, esta base de classes, nas quais ninguém quer mexer, por medo de perder mordomias, ou simplesmente porque não sabem fazer melhor. Ainda não descobriram, todos estes senhores do mundo, que sua vida é uma utopia. O mundo não lhes pertence. Por um lado. Mas pelo outro, levam-nos a pensar que são reis e senhores da terra.
A fragilidade humana para uns, leva-os a serem imortais nem que seja á custa da vida de muitos. Mas o que acontece a estes senhores do mundo se lhes falta apoio, os capangas que são pagos para os protegerem, porque fisicamente são tão frágeis como qualquer outro ser. Qualquer doença os derruba. Uma simples gripe leva-os á cama. Porque insistem homens velhos e ricos sem precisarem de trabalhar a manterem-se em governos caducos, condenando toda uma geração, gerida por homens velhos em que as células do seu corpo, estão já morrendo. Com que força e direito, se agarram eles, a um poder na base do ego e não conseguem viver em paz e harmonia, dando o lugar a outros mais competentes.
Será que é necessária uma catástrofe mundial? Para se mudarem hábitos corruptos e se criarem novas sociedades mais fraternais, em que todos tenhamos o direito ao trabalho á criação de riqueza e igualdade.
Dizem que o homem, foi criado á imagem de deus! Eu não acredito que o criador, se tenha dado ao trabalho de criar seres como estes, que governam o Planeta
Por outro lado, acredito noutras filosofias! Para essas encontro, com mais facilidade, uma justificação, para tudo que está acontecer á minha volta….
E por hoje mais não digo!

Por: joaquina
25/03/2011

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