Friday, February 11, 2011

AS AVENTURAS PELA EUROPA DOS ANOS 70


 PRAIA DA NORMANDIA

O FAMOSO BUNKER

AS AVENTURAS PELAS PRAIAS DA NORMANDIA

Continuando na fase dos albergues. Ainda viajávamos sozinhos os dois, quando vivemos as maiores aventuras que nunca poderei esquecer. Jam, homem com grande preparação física, tinha estudado num colégio interno militar, com muito rigor e disciplina. Levou-me de mão dada por seus sonhos de jovem, pronto e com vontade de descobrir o mundo. Os dois trabalhávamos, mas só tínhamos um mês de férias, para nos aventurarmos por essa Europa fora. Mesmo assim, ele levava meses a planear as férias, que eram sempre, repletas de momentos imprevisíveis. No ano de 1975 decidimos, ir conhecer, a rota da segunda guerra mundial. Em especial o desembarque da Normandia. Como ele era militar de carreira tinha um grande interesse em assuntos históricos, sobre a segunda guerra mundial. Visitamos então as praias e todo o percurso do desembarque na Normandia.

Um dia começou a ficar muito escuro ele logo aproveitou para passar uma noite romântica numa praia Normandia.
Fomos para umas dunas bastantes profundas e ali fizemos a cama com um saco cama que transportávamos sempre numa mochila para a eventualidade de termos que dormir ao ar livre. Aquela hora ainda havia gente na praia e começavam a chegar pescadores, mas isso não impediu jam de concretizar sua grande fantasia. Fazer amor nas dunas da praia na Normandia. Eu com medo que alguém nos visse, ele completamente á vontade, sentindo-se no paraíso. Como a noite ficou fria lá me levou para um Bunker dos Alemães que existia na praia, já afastado, de todo o movimento da praia. Ali mais aconchegada e sem frio, com o corpo dele todo enroscado no meu, fez tudo para que eu também usufruísse daquele momento só nosso. Mais uma vez foi uma noite inesquecível. Acordamos tarde já com os raios de sol a entrarem no bunker. Tiramos umas fotos em cima do bunker para nunca mais esquecer-mos o lugar onde os dois nos sentimos tão livres.
Depois da noite passada na praia, continuamos nela. Jam, era um bom nadador e desafiou-me a entrar com ele, gostaria de realizar ali dentro de agua nova fantasia. Assim agarrados como umas lapas, fizemos amor com gosto a agua salgada como que o mundo fosse só nosso e nos pertencesse por completo A idade é uma coisa curiosa, não vemos perigos nos nossos actos, impensados. Tudo era muito belo.
Eu com um corpo de sereia, ele com um corpo de Apolo, era a mistura perfeita para se dar uma explosão em qualquer lugar. Sempre que regressávamos a Portugal trazíamos sempre belas memórias. Hoje entendo que as nossas férias eram o concretizar de muitas fantasias que não podíamos ter em casa nem no país, por falta de tempo e de oportunidade também.
Lembro-me de outro momento de grande ternura, passado na Holanda.
Era um dia muito chuvoso e frio. Eu como sempre só levava roupa leve e curta para não pesar muito.
Mas esse dia foi demais, eu tinha tanto frio que comecei a chorar e só queria regressar a casa.
A melhor maneira que ele arranjou, para me consolar foi subirmos umas escadas de uma casa semi abandonada e mandou-me sentar em cima das pernas dele, eu usava nesse dia uma mini-saia sem meias. Tirou o seu casaco ficando só com uma camisa de manga curta e tapou-me as pernas para eu poder aquecer minhas pernas, ficando ele a tremer de frio. Depressa o frio lhe passou quando reparou que meu corpo semi nu estava em cima do colo dele. Percorreu-o com as suas grandes mãos até chegar á parte que ele mais gostava. Logo eu senti um arrepio que não era de frio. – Já sei como acabar com esse teu frio.
Com as mãos sem parar massajou meu corpo nu e de repente o frio foi-se. Momentos depois, sem nos importarmos, com quem passasse na rua, acariciamo-nos naquela escada. Eu sentada nas pernas dele e o casaco a tapar-me o corpo por detrás.
Como foi bom aquele momento de prazer misturado com medo de alguém chamar a polícia, mas naqueles momentos nada interessava a não ser a entrega.
Passada uma hora saímos dali e fomos a um centro comercial comprar umas meias collant e logo me senti mais reconfortada.
Noutra altura estávamos no alberguem em Amesterdão no jardim Van del Parque. Naquela época havia muito pouca gente, logo o Jam, imaginou que poderia ser bom fechar-nos numa casa de banho e vivermos mais uns momentos de loura proibida. Combinamos que eu entraria primeiro e passados dez minutos ele bateria á porta com um determinado sinal para eu saber que era ele. Assim foi. Despimo-nos com loucura e entregamo-nos por completo, havia já uma semana que não fazíamos amor e de tão proibido que foi porque poderíamos ser expulsos do parque, os dois atingimos o maior clímax de de sempre. A juventude é muito louca e inconsciente. Por isso quando eu vejo hoje certos comportamentos que até eu acho demais, tento sempre lembrar-me daquilo que eu fui capaz de fazer, quebrando todas as regras de bom moral e costumes da época. Só que eu só tive o meu parceiro durante a vida e o que fizemos ficou sempre connosco, os jovens de agora fazem por fazer, não se prendem em emoções nem em recordações. Hoje é tudo muito descartável. Na minha época, as coisas era diferentes, embora nos dois fossemos muito adiantadas para a época. Nunca nos casamos, mas sempre nos respeitamos, talvez por termos vivido tantas aventuras. Hoje passados quarenta anos ainda fazemos aventuras talvez impróprias para a nossa idade.
Sempre nos sentimos á frente do nosso tempo, hoje estamos também a frente de muita gente. Somos seres adultos com maturidade, descobrimos a cultura, a arte a fotografia, literatura e a poesia, que nos alimenta a alma em momentos menos bons. Por hoje fico por aqui meus amigos, acho que até já contei demais. Mas tudo o que aqui conto foi vivido por nós dois com grande intensidade e loucura própria para a idade que tínhamos.

PEDAÇOS DE LOUCURA


1 comment:

  1. Bom dia Joaquina...
    Uma abençoada sexta feira da Paixão.
    Que possamos renascer a cada dia,pela misericordia de Deus.
    Uma santa Pascoa..tambem para sua familia.
    Escreva mais..escreva muito,escreva sempre!!!!
    Fraterno abraço e bjinhos
    Regine

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