Tuesday, June 26, 2012

O NOSSO EGO

Quando era criança, o mundo me parecia grande demais para mim, por outro lado sentia uma atracção muito grande, para saltar para esse mundo.

Quando me levantava todos os dias, via sempre as mesma coisas, mesmo assim o ar fresco, refrescava minha imaginação, na terra do nunca.

Minha imaginação, não tinha limites, perante minha inocência, os actos dos adultos, pouco significavam para mim, a não ser que isso dissesse respeito, aos meus sonhos e fantasias.

No entanto sentia o sofrimento nos olhos e gestos das pessoas que me rodeavam. Os grandes problemas para mim eram as borbulhas, o corpo que não se desenvolvia.

Hoje reconheço que meu mundo de criança, nem sempre era simples. Mais tarde com minha filha criança, sendo ela também preocupada com os outros, comentava comigo, quando conversávamos acerca de assuntos sérios, para logo esquecer, o mundo dos adultos e se voltar para seu mundo de bonecas. Havia momentos selados com um beijo e um abraço, que lhe amenizavam a vida verdadeira, embora, já nessa altura, eu comecei a ver os reflexos da sua personalidade, muito diferentes da minha.


A verdade é que tudo assenta na nossa realidade diária. Nunca variam, se repetem os erros da nossa vida. O perfil é invisual, mas o nosso eu interior difere muito, dependendo do seu grau de evolução.
Nos desenvolvemos ao longo da vida e para isso lá estão os obstáculos, que se interpõe entre nós e os outros, que se cruzam no nosso caminho

Hoje, me olho no espelho da alma, mais do que no reflexo do espelho da imagem. Sempre que vejo o reflexo da imagem. Imagino sempre que devo ser parecida com o que vejo.

Mas o reflexo, nunca nos mostra o que somos no nosso interior.
Sempre estou em acção tentando corrigir os erros cometidos, em desafios
Que a vida me impõe para ultrapassar os tormentos da vida
Sempre que tenho que agir, aí sim vem ao de cimo aquela força, que está escondida e me ajuda a tornar tudo mais fácil.
O tempo é tão sábio e pouco aprendemos com ele, esta sociedade alienada, em que a vida pouco vale, e em nada nos pode ajudar, dependendo dos valores individuais.
Poderia fazer discursos de filosofia, mas que adiantaria, se sempre seria eu o meu próprio eu, assim estagnaria, perante minha evolução, e critério de viver.
Quando se acredita demais nos tornámos, em semideuses, capazes de nos convencermos que sabemos tudo, mas cada vez mais perdidos, dentro das nossas experiencias.
Na minha verdade a vida vai para além do que se experiencia aqui Tudo se constrói, com amor incondicional que se está perdendo em cabeças doentes, pelos bens matérias, onde subjugam uns e afastam outros.
Á medida que crescemos, a vida será um jogo, manipulado, onde só contam os cárneos e o bolso, politica, com seu jogo sujo, deixando de lado os relacionamentos entre os seres, utilizando-nos como peças de xadrez, onde rolam cabeças como tal roleta russa.
Não pretendo vencer, ninguém com minha filosofia, assusta-me o modo de crescer de alguns humanos que convivem lado a lado connosco.
O seu reflexo, pode não mostrar tudo, mas o tempo nunca os muda.
TERMINADO: JOAQUINA
21/06/2012

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